quarta-feira, novembro 08, 2006

Fardo da religião: Usos e costumes são eficazes? Para que servem?

Por que ainda há cristãos que usam óleo para ungir, sal, rosa, crucifixos se o próprio Deus está em nós? É realmente eficaz mudar a aparência (cabelo, roupas, etc.) quando se diz que é crente?
Sabemos que o que conduz nossas vidas plenamente é o conhecimento de Deus através de sua Palavra, divinamente inspirada pelo Espírito Santo, ao qual Ele confiou estas revelações a homens santos. Então, mais uma vez me basearei na Palavra para aconselhá-los. II Timóteo 3:16 - Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.
Antes de qualquer coisa, queridos irmãos em Cristo, o Evangelho é paz, amor, misericórdia. O Senhor Jesus veio para que tenhamos vida e vida em abundancia. O fardo da religião, dos usos, costumes da carne, o “não toque, não manuseie, não faça”, o apontar de dedo, não vem do Senhor. Ele diz: “Porque o meu fardo é leve e meu jugo suave.” Se não é leve e suave não é Evangelho.
Uma breve reflexão sobre o que significa esses usos e costumes. Que para nada servem, antes, têm aparência de espiritualidade, mas nada muda no interior do homem.
Um estudo muito interessante está em Colossenses e aconselho que leia todo o capítulo. Alguns trechos:
Colossenses 2:20-23 "Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças, não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade. "

Estas ordenanças que o Apóstolo da Graça de Deus – Paulo, a quem Jesus entregou seu Evangelho aos gentios por seu intermédio, diz que estas doutrinas de homens de nada têm valor, esta lei das ordenanças foi entregue a Moisés para os judeus, escritas no Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia. Somos gentios, e vivemos sob a Graça de Deus, portanto vivemos pela fé no Filho de Deus.
É claro, amados, que devemos obedecer nossos pastores e mestres, mas a bússola é a Palavra de Deus – se está escrito na Bíblia, eu creio. Se não está, não devemos crer porque é mentira!!
Deus é o único que conhece nosso coração e sabe que queremos agradá-lo. Mas o Senhor é Espírito, e importa que aqueles que o amam o adorem em Espírito e em verdade (João 4:24). Ele olha para o nosso interior, Ele não nos vê como o homem vê. Ele quer um coração puro e sincero, totalmente rendido a Ele.
II Coríntios 3:17 Ora, o Senhor é Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.

A Palavra de Deus deve ser pregada à luz da Graça de Deus e não baseada em uma lista de mandamentos. Isso não torna ninguém íntimo do Senhor. A Graça Dele nos basta.
Graça, paz e misericórdia nos sejam multiplicadas.

Moisés prefigura Cristo

Uma parte do livro de Gênesis conta a história de José, filho de Jacó, que foi invejado pelos irmãos, vendido como escravo, dado como morto na família foi preso, acusado injustamente e depois veio a ser o segundo homem mais importante do Egito, abaixo do Faraó. José levou sua família para o Egito, setenta pessoas entraram no Egito. Os filhos de Israel aumentaram muito e se fortaleceram, de modo que o Egito se encheu deles. Entretanto levantando-se novo Faraó, este não conhecia a José, escravizando assim, o povo de Israel (ler Êxodo 1:1-10). Era necessário alguém para libertar o povo de Israel e conduzi-los para a Terra Prometida à Abrãao, Isaac e Jacó. Moisés prefigura Cristo no que tange à salvação e às leis. Depois de tirar o povo do Egito, Moisés recebeu de Deus em torno de 613 leis e mandamentos entregues aos levitas (sacerdotes) para conter e disciplinar o povo de Israel. João 1:17 “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” Jesus trouxe sua Graça, a lei do Espírito da vida. Moisés tirou o povo de Deus do Egito, Jesus nos resgatou pelo Seu Sangue do Império das Trevas e nos trouxe para o Reino do Filho de Seu amor! Moisés recebeu de Deus um pacto de sacrifícios, ordenanças (que infelizmente muitos cristãos ainda continuam praticando as leis dos judeus – não é mais por lei, é por Graça!!), baseado em sangue de touros e bodes, que nunca poderia aperfeiçoar ninguém. Jesus, Sumo Sacerdote de um pacto de melhores e superiores promessas, nos resgatou da maldição da lei, para que pudéssemos desfrutar de tudo o que Ele conquistou na Cruz por nós. Moisés foi ministro de uma aliança que precisou ser substituída, Jesus ministro de uma nova aliança, assinada com Seu próprio sangue. Percebes a grande diferença?

Tua irmã na fé,

Aline

Deus Pai, Filho e Espírito Santo: Deus triúnico

A tradição cristã diz que Deus é uma trindade, sendo um Deus Pai, um Deus Filho e um Deus Espírito Santo.
Porém, examinando as Escrituras detalhadamente, nunca encontramos a expressão Trindade, senão teríamos três deuses e seríamos politeístas. A Palavra diz que só o Senhor é Deus, o único Deus, Deus TRIÚNICO, que se manifestou ao mundo de três formas: Como Deus Pai na Criação de todas as coisas, como Deus Filho na Redenção e como Espírito Santo em Pentecostes. Deus não é um e Jesus, outro. Eles são a mesma pessoa. A Palavra diz em Colossenses 2:9 “...porquanto Nele, habita corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” Jesus é o Deus que se fez carne, assumiu a natureza humana e viveu entre nós. Jo 1:14 “ E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória...” Quando Jesus conversava com Filipe, Ele deixa claro que Ele é Deus: Ler Jo 14:7-14. Jesus Cristo é o mesmo Deus do Antigo Testamento conhecido como Jeová Jiré, El Shaddai, Adonai, pois os judeus não conheciam a Deus pelo seu nome, e sim, pelas suas manifestações. O nome de Jesus encerra em sua pessoa as mesmas manifestações de Deus no passado. Jo 10:30 “Eu e o Pai somos um.” Mais um exemplo: Moisés quando ia anunciar aos judeus que Deus libertaria o povo do Egito, inquiriu sobre Seu nome. Ver Êxodo 3:13,14. “Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.” Jesus falou aos judeus em Jo 8:58 “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU.” Somente em Jesus Cristo o nome do Senhor Deus foi revelado, Ele é Deus personificado.
Na visão de João em Apocalipse 4:2, ele disse: “Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado”. Existe um sentado no trono e este é Jesus. Quando se diz em Colossenses 3:1 e Marcos 14:62 (ler), que Jesus está assentado à direita do Trono, que dizer que tem pleno poder e autoridade.
Só o Senhor é Deus e único Senhor.
Tua irmã na fé,
Aline

sexta-feira, outubro 27, 2006

Moisés X Jesus - Duas Leis - Dois Pactos - Dois Sacerdócios

Filigrana - A Lei é impotente para salvar e transformar o homem, a Graça é dom gratuito de Deus, regenera todo e completamente o cristão.
Texto básico: João 1, 17: "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a Graça e a verdade vieram por Jesus Cristo."

A lei de Móises ou lei dos judeus, com aproximadamente 613 leis entregues por Deus ao povo judeu no deserto, serviu para conter, reprimir e disciplinar o povo, já que eles se multiplicaram rapidamente. Jesus, nos dias de sua carne, cumpriu toda a lei de Moisés, coisa que homem algum havia conseguido. Na sua carne ele veio cumprir a lei. Na ressurreição Ele nos trouxe sua Graça. E entregou o Evangelho da Graça de Deus a Paulo, Apóstolo dos gentios. Os ensinamentos de Paulo são para nós, gentios. A lei, para os judeus.
Uma forma de distingüir a lei da Graça é perguntar-se: Isto fala de julgamento sobre mim? Caso a resposta seja sim, é a lei. Porque a lei julga e condena, coloca fardos e oprime o cristão. A lei hoje em dia está inserida nas Igrejas de Cristo para acusar, julgar, amedrontar, perseguir e acovardar o povo de Deus. Inserem-se objetos (crucifixos, anéis, rosas, óleo para ungir, botija com farinha, sal, batismos, sacrifícios, vigílias, jejuns, "carregar a cruz", pagar o preço, etc) dentro da obra do Senhor para desviar o foco da fé somente em Jesus. Aquilo que não provém de fé é pecado. Você não precisa de objetos tangíveis, visíveis para crer nas verdades do Senhor. Aquele que está em nós é maior!! ELE É MAIOR E ESTÁ EM NÓS. Não está na rosa "ungida", na "vara de Arão" consagrada, no sal do descarrego, no crucifixo de não sei de onde...Isso tudo com o tempo perece, cai em desuso. Nós temos o Espírito, o próprio Deus morando em nós!! O Espírito de amor, poder e moderação!! Este Espírito tem poder!!! Com todas essas coisas, a "massa" tem levedado...e você, amado irmão, sabe que um pouco de fermento leveda toda a massa. Isso impede que o cristão se liberte de tudo aquilo que não vem do Senhor.
Oséias 4:6 diz ousadamente: "O meu povo têm sido destruído porque lhe falta conhecimento." O conhecimento liberta, e neste caso, quando digo libertar, não é do demônio (sic), pois um crente que tem o Espírito nunca poderá ser tomado por um (sic de novo). Diz em Hebreus 4:12 "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." A Palavra "corta", discerne, faz o cristão ter "lucidez espiritual", muda, transforma, descobre tudo o que está escondido ou encoberto num coração. A Palavra é Deus, e Ele sabe o que há no coração do homem. Viver segundo o Espírito é ser livre.
Então, continuaremos com esse estudo sobre lei e graça, mais aprofundadamente.
A Lei foi dada não como meio de justificação, mas como uma diretriz para viver, depois que Israel se comprometeu a servir ao Senhor. Ex. 19.4-8
A Lei jamais poderia servir como salvação, pois ninguém é justificado pelas obras da Lei. Gl 3.11,21, 22. NÓS FOMOS LIBERTOS DA LEI, E NÃO PELA LEI.
Esta lei, repito, composta de 613 artigos, tem como aspectos observâncias de rituais, cerimônias, abluções e de preceitos altamente morais. Legalismo nada mais é que a tentativa do homem em salvar-se, ninguém pôde cumpri-la totalmente. Só Cristo.
A Lei serve apenas como um guia de uma vida reta diante de Deus. (Rm 3.31 / 6.1,2)
Gálatas 3.19 ensina que a Lei foi dada por causa das transgressões para conscientizar os homens da distinção entre o acerto e o errado, entre o bem e o mal.
1 Tm 1.8-11 mostra que a Lei serviu de apoio até Cristo.
Vamos agora saltar para outro plano, UM PACTO DE MELHORES E SUPERIORES PROMESSAS: A GRAÇA DE DEUS.
A Lei e a Graça têm propósitos quer na vida do incrédulo, quer na do crente. Para o incrédulo, a Lei condena, acusa. Para o crente a Lei continua a demonstrar a necessidade da Graça.
O evangelho da Graça mostra ao incrédulo, uma via de escape da condenação. Para o crente serve de motivação para a vida.
A cuidadosa diferenciação entre a Lei e a Graça, tem sido um importante instrumento hermenêutico e a garantia da pregação da última reforma. Lei e Graça são dois pactos em duas épocas diferentes para dois povos diferentes, para judeus e para gentios
. (Trecho extraído da apostila de Psicologia Pastoral da Fatemgrad da Missão Apostólica da Graça de Deus)
A Graça revela o lado Pai do Senhor, lado de amor, de misericórdia, não de condenação, mas de fé e verdade. A Graça nos traz um relacionamento de confiança para com o Pai (alguém do Velho Testamento já chamou Deus diretamente de Pai??), a lei distanciava. Este lado amoroso Ele revela basicamente nas 14 epístolas de Paulo, mas encontramos evidências da graça no A.T.
Ex.: Abraão não tinha lei, e sua fé (Ele creu na promessa do Senhor que Deus o faria pai de muitas nações) foi-lhe imputada como justiça. Ele foi justificado pela fé no Senhor, sem as obras da lei. Isso é pura graça!!! Nós não estamos debaixo da lei porque:
  • A lei de cerimônias, ritos e ordenanças foi cumprida por Cristo, para que não precisássemos carregar este fardo tão pesado;
  • Não estamos debaixo da lei judaica, PORQUE ELA NÃO FOI DESTINADA A NÓS!!!;
  • A fé é a base da salvação e não as obras da lei;
  • A morte de cruz de Cristo nos libertou desta lei;
  • Esta "nova lei" está escrita nas tábuas de carne do nosso coração e não nas tábuas de pedra de Moisés; (2ª Co 3: 2, 3);
  • O pecado não reinará sobre nós, pois onde não há lei, não há transgressão. (Rom 7:8);
  • O Velho Pacto era para a carne, a Graça é para o espírito;
  • A lei era um ministério de morte, a Graça, um ministério de vida;
  • Este novo ministério, que é do Espírito, permanece para sempre, porque é perfeito e tem Cristo, nosso Sumo Sacerdote, como seu atestador (2ª Co 3: 11).

Amados, há muito o que se falar sobre a Graça de Deus, esse assunto de fonte tão inesgotável quanto o amor do Senhor. Estarei sempre abordando este assunto em outras publicações, tão rico e que tanto nos edificará.

Se alguém está em Cristo, nenhuma condenação há. A Sua Graça nos basta e sob ela vivemos.

Assim seja, assim disse o Senhor.